Usando o Instagram cada vez mais me pergunto:
O que é fotografia? Qual o papel dela em nossas vidas? O que torna uma foto autêntica? Como contar uma história através de imagens se elas apenas passam rapidamente por debaixo dos meus dedos? Para mim o Instagram é pura provocação.
Como artista não devo fugir de toda essa modelagem e restrições que impedem uma história sensível, verdadeira e profunda de ser contada?
Meu primeiro impulso foi entrar de cabeça nos intermináveis swipe ups e surfar em todas as tendências, tudo é novidade, lindo, glamouroso. Tudo merece um coração. É um sentimento de grande entusiasmo, um frenesi… pura endorfina.
Mas depois de pouco tempo mergulhado na telinha vem a fadiga. Há muito do mesmo, só repetição, sempre as mesmas idéias superficiais, fica claro que essas plataformas digitais são mais apropriadas para exibir anúncios do que para contar histórias, senti um tédio e desânimo paralisador.
Dessa dualidade e incômodo enxerguei a oportunidade desafiadora da idéia que se formava em minha mente: “Preciso fazer uma Manifesto“.
Daí em diante muita coisa fluiu… idéias se formavam com facilidade, os valores e conceitos que venho desenvolvendo durante os últimos anos também. Esses meus questionamentos e minha interação com o meio digital estava presente nessa obra, nesse MANIFESTO…
…que é imagem, que é prosa, que é poesia, que é design, mas que principalmente é vida, verdade e uma vontade de fazer o coração bater.